Punhos cerrados, postura reta e imponente. Era engraçado ve-lô andando assim, ele parecia incrivelmente grande e resistente, como se nada o abalasse, de forma alguma. E por mais que eu realmente não quisesse era impossivel não olha-lo, ou pelo menos quase impossivel, ou no fundo eu quisesse.
Quando ele passava, o cheiro do perfume e do banho recém tomado eram facilmente notados, até mesmo de longe. E quando ele estava perto, quase não continha a vontade de estar envolvida naqueles braços, era como se meu corpo, minha alma implorassem por aquilo. Mas eu resistia a essa tortura, todos os dias.
Dias em que eu apenas me tranquilizava com aquele sorriso. E que sorriso! Era daqueles que você nunca esquece, que te deixa com a cara de idiota e que faz você querer mais, mais e mais.
Mas eu me odiava por isso, por amá-lo tanto, tanto e sempre querer agradá-lo. Eu me odiava por não estar acostumada a me sentir assim. E me odiava ainda mais por nao ter aprendido a lição ainda.
Certamente nao sentia meu corpo fervilhar com outra pessoa, e eu não acharei em ninguem o que achei naquele corpo firme, dos olhos castanhos e do sorriso mais perfeito e encantado possivel e inimaginavel.
by: wonderland
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