15 de nov. de 2010
amor de verdade é isso.
Alícia: A gente se desentende por um dia e tu faz isso!
Eu: Se desentende, cara?
Alícia: É, se desentende! Aliás, ontem tu já tava chapado quando brigou comigo!
Disparou a falar daquele jeito bem dela, rápido e agressivo, que contrastavam com a voz de menina.
Eu: Tu terminou comigo, cara! Não foi uma porra de desentendimento, foi um fora! Um caralho de um pé na bunda!
Alícia: Mas foi ONTEM, Thomaz! Tu não tem o direito de...
Eu: Tu me ligou chorando só pra me foder, tu sabe como eu fico. Depois ainda terminou tudo. Queria que eu fizesse o quê?
Alícia: Que tu me respeitasse.
Eu: Que respeito é o caralho. Tu não tem que te sentir traída, eu tava solteiro assim que desliguei o telefone.
Agora fui eu quem a deixou sem fala. Sei que eu não fiz certo e que eu não precisava ter falado desse jeito tão grosso, mas é a real. E sou eu. Ela não pode vir me cobrando se eu fiquei imbecil daquele jeito por causa dela.
Alícia: E se eu aparecesse aqui ontem? Tu não tinha, sei lá, essa esperança? Podia acontecer! E aí?
Eu: Eu não tenho esperança de nada. Nunca.
Eu: Eu não queria que tu aparecesse aqui. Queria que tu deixasse de existir.
E aí ela desmorou. Voltou a tapar o rosto enquanto chorava.
Eu: Se tu não for minha namorada, então não quero que tu exista, cara. Não dá pra saber que tu tá por perto e não te ter perto de verdade.
Ela puxava o cabelo todo pra trás, ajeitava a blusa, parecia querer sumir.
Eu: Tu que me dá base pra tudo. Sem isso, eu vou fazer o quê? Uma festa, umas drogas, umas minas loucas. O que tu espera que eu faça?
Alícia: Puta que pariu.
Ela se abanava, desesperada. Minha cabeça tava me matando. Nós dois estávamos numa merda foda pra caralho. Não dava pra decidir quem tava pior na história. A gente tava sofrendo e se fodendo junto. Ameacei abraçá-la de novo, mas desisti no meio. Eu esqueci que agora não podia abraçá-la quando bem quisesse. Comecei a andar de um lado pro outro, sem saber o que fazer, enquanto ela chorava baixinho. Quando eu já tava próximo de meter um soco na parede só pra descarregar a raiva, ela me deu um abraço. A raiva foi passando em questão de segundos, e eu a abracei de volta.
PQOGSPN?!
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Um comentário:
tô sentindo falta das suas postagens :(
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